QUARENTENA (The Big Picture por Marcelo Rayel Correggiari)
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyorGrRiRlQ8oDRoIb18iDRMAmVBxxGeN9KoQCkHdqSvSEnL2t5bSJnl3Uj5tAbrEtJAkQ7JzF3Q0vh0YqbpSpE33iiP6ahkwxKhEySt4-ZBvZiJP8dgjJuT4urH1a6A8QgYgUIegxG-EL/s1600/ddddddddddddd.jpg)
Tempos tortos, remédios amargos. Do jeito que as coisas ficaram nos últimos tempos, convenhamos: já rolava algum tipo de ‘distanciamento social’ na parada. Ficar em casa, de alguma maneira, foi só ‘um plus’. Faltaria algum nível (ou quantidade) de coragem para que cada um admitisse que os círculos sociais já tinham se encurtado dramaticamente de uns tempos para cá — assim como também falta admitir que já havia ‘uma penca’ poluindo, por motivos psiquiátricos, as possíveis tertúlias. Encontrar um velho amigo, uma velha amiga, com um gesto e uma palavra doces nesses dias é algo que vale bem mais que ouro. Ainda tem gente que acredita que sairemos melhor ao final de toda essa turbulência — nome bacanudo para ‘tragédia e carnificina’. Tenho lá minhas dúvidas se estaremos melhores ao final de tudo: com as perdas já contabilizadas por causa da praga, não sabemos como repor a riqueza intangível perdida por conta de severos quadros médicos irreversíveis. Daremo-nos por felizes ...