MISSING: YVETTE MIMIEUX
Quem assistia àqueles dramalhões juvenis clássicos do final dos Anos 50 e do início dos Anos 60, lembra que três loiras lindas e exuberantes disputavam o gosto do público. Tuesday Weld era a mais selvagem (e melhor atriz) delas. Logo atrás, vinha a angelical (e gostosíssima) Carol Linley, recentemente falecida. E havia ainda uma terceira, magrinha e delicada, filha de um francês com uma mexicana, que era absolutamente arrebatadora, e se chamava Yvette Mimieux.
Yvette teve uma carreira bastante acidentada no cinema. Suas limitações como atriz não permitiram que ela fosse muito longe, e ela recebeu poucos papeis que permitissem que ela pudesse voasse mais alto. Fez par romântico com Rod Taylor em várias ocasiões, e chegou a brilhar ao lado de Dean Martin em “Toys In The Attic” (1965, baseado na peça clássica de Lilian Hellman) e em “The Picasso Summer” (1969), onde contracenou com o grande Albert Finney. Mas nenhum desses filmes foi sucesso de bilheteria, e ela achou por bem mudar de mala e cuia para a TV, que a recebeu muito bem.
Na TV ela brilhou em “Jogo Mortal” (1970-1971), série de espionagem onde ela contracenava com George Maharis e Ralph Bellamy. Fez uma infinidade de TV-Movies que acabaram esquecidos. Ficou famosa por processar seu agente por só conseguir papeis ruins para ela. Aos poucos foi-se tornando uma daquelas pessoas que ninguém contrata em Hollywood. Passou a viver de participações em séries de Aaron Spelling & Leonard Goldberg, como “O Barco do Amor”, até se aposentar no início dos Anos 90.
Dois de seus filmes realizados em meados dos Anos 70 foram redescobertos pelas novas gerações e viraram cult-movies. Um deles é “Valentino”, de Ken Russell, onde ela interpreta Natasha Rambova, segunda mulher do dançarino, interpretado por Rudolph Nureyev. E o outro é “Jackson County Jail”, onde ficou nua pela primeira vez nas telas (numa cena de estupro), contracenando com Tommy Lee Jones em início de carreira.
(por Chico Marques)
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